quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Homens Como Instrumentos Influenciadores


Homens Como Instrumentos Influenciadores
Daniel 1.8

  1. Curiosidades.
§         Significado do nome – Deus é Juiz.
§         Na Babilônia recebeu o nome de Beltessazar (que significa "Bel [deus] proteja sua vida").
§         Tempo de ministério Provavelmente chegou à Babilônia aos 16 anos e seu ministério profético duraram 70 anos.
§         Nada sabemos sobre seus pais e família, mas provavelmente ele descende de uma longa linhagem de famílias nobres judias (Daniel 1:3, 4).
§         Daniel e seus amigos (Hananias, Misael e Azarias) viajaram 800 km até babilônia em condições cruéis.

  1. Servindo a Deus no ambiente adverso (Dn 1.8).
§         Daniel aparece no contexto bíblico como um homem que determinou influenciar o ambiente adverso. Como servos de Deus vivemos em uma sociedade que não possui o temor do Senhor. Vivemos em um mundo cujo sistema é administrado pelo diabo (Efésios 2.2; 1João 5.19). Somos desafiados diariamente a influenciarmos ou ser influenciados.
§         A nossa influência no local de trabalho, no meio dos colegas, na forma de fazer negócios, deve antes de tudo, ser uma tomada de posição diante de Deus “Resolveu Daniel, firmemente, não contaminar-se com as finas iguarias do rei...”.
§         Perceba que a tomada de decisão de Daniel fortaleceu os seus colegas. Às vezes, servos de Deus acabam influenciando no local de trabalho pessoas mais novas na fé, que concluem que o curso das coisas é assim mesmo ou que aquela é uma atitude correta.
§         Qual foi a base da decisão de Daniel? A Palavra de Deus. Daniel era um judeu. Ele aprendera deste cedo os mandamentos divinos. Sabia o que era permitido e aquilo que não era. Ninguém pode influenciar se não tiver uma base divina na vida.
§         Qual é o seu nível de influencia cristã no seu local de trabalho? Seus superiores e colegas lhes reconhecem como servos de Deus. Hoje é o dia de você se levantar como um Daniel neste mundo sem Deus. Decida hoje que a palavra de Deus será a única coisa que determinará o certo ou o errado na sua vida, não importando o que o mundo pense!
§         No contexto de Daniel havia vícios e hábitos que um servo de Deus não podia participar.
§         Veja que Deus exalta sempre o obediente. Daniel 1. 15, a benção sobre Daniel e seus amigos era visível. Todo mundo verá a glória e a benção do Senhor sobre sua vida.

  1. Exercendo o profissionalismo como servo de Deus.
§         Daniel e seus amigos se tornaram homens de confiança do rei. Numa terra estranha, como escravos, foram exaltados pelo Senhor.
§         Havia habilidades específicas dadas por Deus àqueles homens para exercer funções no reino da babilônia. Precisamos ver nossas aptidões com bênçãos de Deus e como canais de evangelização.
§         Uma pergunta diagnóstica que devemos fazer: “Que faria Jesus nos meus passos?”.
§         Daniel passou pelo reinado de 04 monarcas (Nabucodonosor, Belsazar, Ciro e Dario). E em todos eles foi respeitado como profissional e servo de Deus.
§         Deus deseja que cresçamos no nível profissional, porém, deseja que lá onde nos coloque sejamos autênticos servos de Deus.
§         Profissionais onde o financeiro seja um servo e não um senhor.

  1. Mudando o curso natural na dependência de Deus.
§         O diabo não deixou barato a estadia de Daniel e seus amigos em babilônia. Criou várias situações para fazer desistir os servos de Deus e faze-los abrir mão dos seus princípios de vida.
§         A interpretação do sonho de Nabucodonosor foi uma situação para lhes tiraria a vida (5.13). Deus estava por detrás de tudo aquilo para empurrar Daniel e seus amigos para a excelência naquele país. Era um teste para dependência no Deus que tudo sabe.
§         No capítulo 3, revela a regência de idolatria adorada naquele país. Veja que os servos de Deus receberam outros nomes na babilônia (Eram nomes dos deuses daquele povo – Dn 1.7). Eles poderiam negociar sua fé, mas permaneceram fiéis. Quantos fazem negociações e perdem autoridade! Ás vezes são subornos ou ganhos ilegítimos. Em 3. 25-27, mostra o livramento divino para os seus servos. Deus sempre nos livra quando somos fiéis, uma perda por causa Dele será compensado por coisa maior.
§         O capítulo 5 mostra o teste de um profeta falar o que precisa falar diante de um monarca que estava se embriagando com os utensílios do santuário de Deus. Deus honrou a palavra do profeta e Babilônia foi conquistada pela pérsia naqueles dias.
§         O capítulo 6 nos fala da cova dos leões. Um teste à vida de oração do profeta Daniel e também de fé. Contudo, ele permaneceu fiel ao seu Deus e aos seus princípios.
§         Testes são degraus para o crescimento dos que crêem e derrota para os descrentes e carnais.
§         Daniel passou por muitas experiências com Deus naquele país. Sua vida com Deus barrou o inferno vária vezes. Houve vezes que a oposição maligna lhe colocava em risco de vida, mas o Senhor o sustentava. Tinha uma forte vida de oração, orava três vezes ao dia.
§         Em resumo, nossa vida secular deve servir de mola para o nosso crescimento e não desvio. Os homens precisam no local de trabalho levar uma vida séria com Deus. Não podemos ser religiosos e servir ao Senhor só no templo ou quando estamos com os crentes. É em todo tempo e em qualquer lugar!
§         Daniel recebeu uma palavra divina “Tu, porém, segue o teu caminho até o fim...” (Dn 12.13). Devemos continuar servido a Deus, pois só os fiéis receberão a vida eterna.

Convivência da rede de Homens, 31/10 a 01/11 de 2009.
Ap. Paulo Jorge Tavares

Mudando o nosso Ambiente


Mudando o nosso Ambiente
16.08.08
Texto: Ezequiel 37.
Introdução: Convivência dos homens.

  1. Deus tem um ambiente novo para cada homem.
    • A igreja tem desenhado um novo Brasil.
    • Temos feito declarações de fé no útero da nação brasileira em Porto Seguro – Em 2008 o Brasil é outro.
    • Não haverá um Brasil novo sem novos homens ou líderes homens.
    • O profeta Ezequiel recebeu a responsabilidade de gerar em parceria com Deus um novo ambiente.
    • Deus tem um ambiente novo para você.
    • Tem homem que diz que não é santo por causa do ambiente.
    • O mundo sempre servirá de desafio para o surgimento dos profetas do Altíssimo.
    • Os santos podem mudar o ambiente onde estão plantados.
    • Qual o ambiente onde você vive? É de pobreza? De derrota? De impureza? De rivalidade? De tristeza? De falta de esperança?
    • Como posso mudar o ambiente?

  1. Fazer oposição à morte.
    • A função de Ezequiel era ser canal de ressurreição de um país inteiro (37.11) “Filho do homem, estes ossos são toda a casa de Israel”. Todos temos a missão de trazer a bênção de Deus para algum lugar.
    • O ambiente não era um cemitério, mas sim, um campo de batalha onde havia um exército derrotado de cadáveres.
    • O pecado sempre trará como recompensa a morte (Rm 6.23).
    • Ezequiel soube reconhecer o ambiente de morte.
    • Reconhecer níveis de morte para lhe fazer oposição é uma atitude que mata a ação maligna (Lc 11.36,39).
    • Todo nível de morte precisa ser confessado. Pecado não confessado é porta para domínio maligno. Pecado confessado é pecado perdoado e coberto pelo sangue de Jesus Cristo.
    • Para andarmos na luz de Deus temos que rejeitar as trevas.
    • Só nos opomos à morte chamando a vida. “Eis que farei entrar o espírito em vós, e vivereis” (Ez 37.5).
    • Chame a vida para o que está morto. Creia que o que está morto pode reviver.
    • Todo o dia Deus lhe quer ministrar vida espiritual.
    • Deus tem um ambiente de vida no Espírito para cada um do corpo de Cristo.

  1. Realizar uma ação.
    • Ezequiel recebeu instrução para agir “Profetiza a estes ossos e dize-lhes: Ossos secos” (Ez 37.4).
    • Ezequiel resolveu agir “Então, profetizei segundo me fora ordenado” (Ez 37.7).
    • A ação de Ezequiel trouxe uma reação do Céu de Deus “enquanto eu profetizava” (Ez 37.7).
    • O profeta não apenas profetizou, ele continuou profetizando. Muitos não vêem resultado porque abandonam uma ação ou plano.
    • Sendo uma voz profética que construa.
    • A perseverança chama a realização (Lc 21.19; Rm 5.4).
    • Quando Ezequiel recebeu instrução para agir não conseguia vê coisa alguma o que lhe impulsionava era ter conhecimento que Deus poderia mudar aquela situação.
    • Quando ele continuou ação de profetizar as coisas começaram a tornar-se uma realidade.
    • E depois só se conformou quando ele viu que aquilo que se manifestara poderia se manter “mas não havia neles o espírito”; “e o espírito entrou neles, e viveram e se puseram em pé, um exército sobremodo numeroso” (Ez 37.8,9).
    • Deus quer nos dá o seu Espírito e viveremos diante dele (Ez 37.14).
    • A ação de um homem de Deus traz organização (Ez. 37.8,9).
    • Deus está agindo e formando um exército e você faz parte dele.
    • Seja um homem de ação no reino de Deus.
    • O Senhor quer te tirar da morte, da sepultura (Ez 37.13).
    • Hoje é dia de você gritar por Deus em sua vida e enchesse do seu Espírito.


Pr. Paulo Jorge Tavares

OS TRÊS TEMPOS NA VIDA DE PAULO


OS TRÊS TEMPOS NA VIDA DE PAULO
Atos 9.1-9
Introdução:
Nesta convivência temos tomado a vida de homens que serviram a Deus para nossas meditações. Agora tomaremos a vida do ap. Paulo e conheceremos os três tempos de sua vida. O que Deus fez na vida deste homem deseja realizar em nossas vidas neste lugar. O exemplo de Paulo nos ensina que os homens mais amarrados espiritualmente são também os vasos que Deus mais poderá usar nesta terra.

  1. Antes de encontrar a Jesus.
§         Perseguia a Jesus (9.1-2; 13-14; 21; 26.10-11).
Todos nós perseguimos a Jesus quando rejeitamos a palavra de Deus através de seus vasos, quando criticamos ou falamos mal.
§         Era religioso (Atos 22.3-4; Gl 1.14).

  1. Quando encontrou a Jesus.
§         Declarou Jesus como Senhor (9.5).
§         Ficou profundamente impactado (9.8-9).
§         Foi batizado nas águas e no Espírito Santo (9.17,18).

  1. Depois de encontrar a Jesus.
§         Identificou-se com o povo de Deus (9.19).
§         Pregava com ousadia (9.20).
§         Argumentava com os oponentes do evangelho (22,29).
§         Tinha amor para dá sua vida por Jesus (9.24).
§         Tornou-se um discipulador (9.25).

Conclusão:
Hoje você pode conhecer o Salvador como Senhor da tua vida. Hoje você pode receber o perdão pelos teus pecados e a salvação! Ter o teu nome escrito no Livro da Vida e ser liberto de todo poder das trevas.
  1. Colocar todos em filas sem as cadeiras.
  2. Ministrar entre todos chamando a libertação.
  3. Impor as mãos sobre os visitantes nas filas.
  4. Fazer o convite para salvação.
  5. Celebrar com grande festa.

Ap. Paulo Jorge Tavares

Despertados Para A Realização da Obra de Deus.


Despertados Para A Realização da Obra de Deus.
Isaías 6.1- 8.

1.      Curiosidades.
§   Significado do nome (Salvação de Javé). Era Nobre.
§   Tempo de ministério (740 a.C). Teve 47 anos de ministério e foi mencionado 22 vezes no Novo Testamento.

2.      O homem sempre vive em função de alguma coisa (vendo o que queremos vê).
§   Isaías vivia em função do Rei Uzias ou Azarias (Mateus 6.21).
§   Urias tinha sido um bom Rei (exceto o fato que confundiu os papéis), teve 52 anos de reino. A influência deste rei sobre Isaías tinha sido muito grande. O texto sugere que Isaías estava perplexo, triste. Afinal, tinham sido 52 anos de reinado! E a família de Isaías devia ser achegada ao palácio real.
§   Por não compreender a atitude de Deus em relação à Uzias, Isaías devia estava espantado e (Uzias tinha ficado leproso, quando confundiu o seu papel de rei como o papel dos sacerdotes).
§   Isaías também tinha uma situação financeira e social estável, era nobre. Um nobre tinha muitas vantagens em relação ao cidadão comum.
§   Nesta convivência precisamos saber em função de quem vivemos. Quem de fato é o nosso foco. Existem pessoas que vivem em função dos vícios, do mundo, do sexo, do material, etc. Fica fácil respondermos esta pergunta se procurarmos saber a quem dedicamos nosso tempo e mente.
§   Nesta condição o Senhor não poderia usar Isaías. Viver nesta condição faz parte do projeto do Diabo (nos cega para o que realmente agrada a Deus).
§   Isaías era um homem bem intencionado, mas errado nas suas prioridades (Mateus 6.33).
§   Ilustração ou testemunho de vida.

3.      Vendo aquilo que Deus deseja que vejamos, a sua glória (6.1 – 4).
§   Deus se revelou a Isaías. Ele usa as nossas crises para se revelar a nós.
§   Enquanto Isaías estava com o foco ou prioridades erradas não pode a vê a glória do Senhor. Vê a glória de Deus é sentir a sua presença. Sua santidade, sua pureza. É deixar sua palavra entrar em nossos corações e vidas.
§   Isaías aprendeu que embora não reconhecendo como prioridade na sua vida o Senhor, a sua glória enche toda a terra, ou seja, qualquer pessoa pode ser cheia de Deus.
§   Deus respondeu por que o rei Uzias foi ferido. Deus é santo!
§   Isaías 6.4, Nos diz “As bases do limiares foram movidas”. As entradas do santuário foram movidas, ou seja, as entradas de nossas vidas precisam ser tocadas, movidas, sacudidas por um mover divino. Suas bases serão movidas se você deixar Deus agir na sua vida hoje.
§   “Ai de mim! Estou perdido, porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios” (Is 6.5). Quando Isaías teve a experiência transformadora com Deus a primeira coisa que sentiu foi nojo se si mesmo. Ele compreendeu que era pecador, que estava errada sua conduta diante de Deus.
§    Se você não lamentar o seu pecado é porque não sabe a profundidade da sua chaga diante de Deus. O arrependimento envolve lamento, choro e nojo pelo pecado. Depois daquele dia tudo mudou na vida de Isaías! Como ele poderia viver sem perceber tudo aquilo? Devido à cegueira do inimigo, que nos faz achar que está tudo bem quando estamos em uma situação de condenação “estou perdido” disse o profeta.
§   Deus tem a solução para o pecado do homem (Is 6.6,7). Deus tem uma brasa viva para cada um de nós neste lugar!
§   Um dia Jesus se apresentou no altar de Deus para morrer pelos nossos pecados.
§   Pecado perdoado traz lábios preparados para proclamar as boas-novas do Reino de Deus na terra.

4.      O foco certo sempre levará o homem a ver as necessidades do Reino de Deus (Is 6.8).
§   Isaías não imaginara que Deus queria usá-lo. Porém, compreendeu que todos os lábios purificados, são purificados para serem usados pelo Senhor.
§   A obra é de Deus. O homem se apresenta para realizá-la.
§   Quando o homem não se envolve na obra de Deus; não viu a Sua glória, nem sentiu o seu pecado e nem tem a certeza do perdão divino.
§   Numa escala de prioridades, as coisas do reino devem vir em primeiro lugar na vida de um homem.
§   A voz divina clama: “A quem enviarei e quem há de ir por nós?”.  Quem responderá positivamente para o Senhor Deus? O trabalho de perdão e de libertação é Deus limpando o vaso para usá-lo na sua obra. Você é um Isaías no seu tempo e na sua geração. Você acha impossível Deus te santificar para te usar? Deus fez isso com Isaías e quer fazer com você.


Convivência da rede de Homens, 31/10 a 01/11 de 2009.
Ap. Paulo Jorge Tavares
                                                     

DEUS A PROCURA DE HOMENS


DEUS A PROCURA DE HOMENS


  1. A busca de Deus pelo primeiro homem.
    • Deus criou o homem para ter comunhão com ele.
    • Tudo era organizado e abençoado.
    • O homem tinha uso pleno do seus poderes.

  1. A busca de Deus por Saulo.
    • Um religioso radical (Atos 7.54-8.1).
    • Um perseguidor da igreja (Atos 8.2-3; 9.1-2).
    • Um homem violento.
    • Um pecador (1 Tm 1.15).

  1. Deus procura você.
    • Talvez você faça parte desta lista (1 Co. 6.09-11).
    • Deus deseja libertá-lo (Jo 8.36).
    • Deus quer enchê-lo do Espírito Santo (At. 9.17).
    • Deseja lhe dá uma nova identidade (2 Co 5.17).
    • Um novo nome escrito no céu (Ap 2.17; Lc 10).

  1. A hora de responder a Deus.
    • Hoje e agora (1 Co 6.1-2).
    • Arrependido (At. 9.5).
    • Determinado a segui-lo por toda a vida.




Ap. Paulo Jorge Tavares

terça-feira, 26 de outubro de 2010

A Sexualidade do Ministro do Evangelho


Como lidar com a sexualidade sendo ministros de Deus


*Valdeci Ximenes Cruz Filho


Resumo:


O assunto sobre sexualidade envolve o que há de mais intimo no ser humano. Porém, para uma grande maioria, a sexualidade está muito mais associada ao erro e ao pecado do que algo bom, criado por Deus. Muitas vezes os problemas de relacionamentos entre os casais em nossas igrejas ficam sem solução por falta de diálogo entre os cônjuges ou até mesmo devido à timidez e a falta de preparo por parte da liderança, que não dá a atenção que o assunto requer.
A sexualidade não acontece no vazio. Ela dialoga com as culturas, seus códigos e rituais. E cada pessoa, além de receptor cultural, é também um construtor do seu próprio futuro sexual, para além de todos os condicionamentos e acidentes. Tudo que está relacionado com a sexualidade desperta curiosidade natural nas pessoas de todas as idades por está ligado ao prazer e ao processo de dar origem à vida das sucessivas gerações.
Existe uma farta e rica literatura cristã sobre sexualidade, que esclarece e orienta, promovendo restauração e resgate de princípios bíblicos sobre questões de gênero, compulsão sexual, homossexualismo, ato sexual, etc. O importante é que cada pessoa, consciente de suas fraquezas e limitações, possa buscar ajuda sobre tais questões.    


Introdução

Nunca houve na historia da humanidade tanta informação sobre a sexualidade humana como nos tempos atuais. Tanta informação, junto a outros fatores, gerou um fenômeno de vulgarização, transformando a pureza e a sacralidade da sexualidade humana, criada pelo Divino, em algo impuro e comum. A busca desenfreada pelo prazer, o desejo que enfeitiça e seduz, o “ser feliz” acima de tudo, a fuga do desprazer e a negação do sofrimento são características pertinentes ao homem pós-moderno, cuja sexualidade tem sido marcada pela possibilidade de escolhas.

Por pessoa, entende-se o ser humano criado por Deus, a sua imagem e semelhança, que foi deformado pelo pecado que, contudo, não lhe roubou à dignidade inerente a condição humana. Por ministro de Deus, define-se aqui, uma pessoa lavada e perdoada pelo sangue de Jesus, com um chamado especial para servir, liderando e cuidando da igreja de Jesus, como pastor, presbítero, diácono, líder, etc.

O presente trabalho visa promover uma reflexão sobre a sexualidade do ministro de Deus e suas implicações no desenvolvimento do ministério. Embora se compreenda que este servo do Senhor, como pessoa, não se diferencie de outros cristãos, sua função e papel requerem uma postura íntegra e saudável, afim de que esta corrobore para o desenvolvimento de um ministério pleno. Dessa forma, a tese aqui defendida é que, considerando as peculiaridades, história pessoal, influências socioculturais, expectativas depositadas e o padrão da palavra, um líder cristão pode, e deve, viver sua sexualidade de forma a abençoar outros.

Porque abordar a sexualidade do ministro de Deus?


Por que abordar a sexualidade do líder, se, como já foi dito anteriormente, ele é um cristão como os outros, devendo manter o padrão bíblico de santidade, pureza, retidão, fidelidade, monogamia, etc? Em que difere a sexualidade do pastor, do presbítero ou do líder, dos outros membros da igreja? Tudo indica que a sexualidade em si não difere em nada mas a implicação de como este servo do Senhor lida com sua sexualidade fará toda diferença em seu ministério.

Alguns exemplos. Um líder seguro em sua identidade sexual pode facilmente se desvencilhar da “cantada” de uma mulher sedutora. Ou, uma líder para quem a identidade e os papéis sexuais são claros segundo os padrões da palavra, não se sentirá ameaçada os desafiada a competir com os líderes do sexo masculino. Por outro lado um líder do sexo masculino que internalizou modelos masculinos que desvalorizam a figura feminina terá dificuldade em amar verdadeiramente como pessoa uma “ovelha” do sexo feminino. Ou, uma líder que foi vitima de violência de seu pai pode temer ou hostilizar homens mais velhos de sua igreja. Ou ainda, um líder inseguro quanto a sua própria identidade sexual pode brincar de seduzir mulheres atraentes de sua congregação, como afirmação de sua masculinidade.

Uma constatação. A função em que atua o sacerdote de Deus o coloca numa posição de destaque, expondo sua vida de forma a ser um modelo aos “pequeninos irmãos”. São vários os momentos em que o apóstolo Paulo conclama seus irmãos a olharem para ele e o imitarem, tendo-o como exemplo de vida. Desta forma o líder cristão deve andar a frente de seus irmãos, funcionando como um guia, um modelo a ser seguido. E, ai daquele que fizer tropeçar um dos pequeninos irmãos! (Mc 9.42) Todos sabem que um escândalo vindo de um líder ou pastor causa um impacto muito maior que vindo de um membro de igreja sem posição de liderança alguma.

Um alerta. O mundo que cerca o cristão é centrado na indústria do consumo de sexo. A mídia está sobrecarregada de nus, cenas de sexo, diálogos sensuais, pornografia, e tantos outros estímulos que tem alimentado as pessoas exacerbando a sexualidade em cada uma. Isso é facilmente percebido na erotização precoce das crianças. Muitos pastores e líderes de igreja têm se conformado com estes estímulos, permitindo que novelas, séries, filmes, músicas, internet, “façam sua cabeça”. Muitos, bem no íntimo, já não esperam que os jovens se casem virgens, ou que os casais permaneçam fiéis, ou ainda, não vêem mais pecado no homossexualismo. Abandonar-se num sofá após um dia estafante e assistir TV “pra relaxar”, muitas vezes, tem sido a porta de entrada do “presente século” na vida de homens e mulheres chamados para serem transformados através da renovação da mente.

Uma necessidade. Cada líder deve estar atento a si mesmo e sua sexualidade. Desejos secretos devem ser confessados a Deus, compartilhado com um mentor, um amigo que possa ouvir sem julgar, compreender sem se tornar cúmplice. Alguém que por amar tenha a coragem de repreender, de chorar junto, de orar. Caso os desejos persistam é necessário buscar ajuda de um conselheiro ou psicoterapeuta que possa auxiliar no encontro das causas em busca da cura. Guardar para si só aumenta a possibilidade de se concretizar tais desejos.

Um servo do Senhor “bem resolvido” em sua sexualidade não é alvo fácil de tentações. Por isso, nunca é demais refletir sobre essa parte tão importante da natureza humana. “Assim, aquele de julga estar firme, cuide-se para que não caia!”(1Co 10.12).


Mas afinal, o que é sexualidade.

Sempre que o assunto é sexo, fala-se também de sexualidade. Mas qual a diferença entre os dois?
A palavra sexo serve para mostrar se a pessoa é homem ou mulher. A gente é que, quase sempre, pensa em relação sexual, nos órgãos genitais e em alguns nomes e piadinhas quando ouvimos a palavra sexo.
E o que é sexualidade afinal? Eu descobri que, mesmo sem saber direito o que é sexualidade, ela sempre fez parte das nossas vidas. Por exemplo: quando penso nos meus cinco sentidos, nas coisas de que gosto e conseqüentemente me dão prazer: ver paisagem (visão), carinho dos pais (tato), música (audição), cheiro de bolo de chocolate (olfato), comer pizza (paladar).
Descobri que nós sempre sentimos prazer na vida porque antes de a gente gostar de uma pessoa pra namorar, nós já aprendemos a gostar dos nossos pais, irmãos, amigos, bichos de estimação e outras coisas que achamos importantes. Também já sentimos prazer e alegria ao ganhar um sorvete, ganhar presentes, e muitas outras coisas, não é mesmo? A sexualidade é assim. São todas as formas como sentimos as coisas boas e ruins, como recebemos e demonstramos afeto. Não falei que a sexualidade sempre fez parte da nossa vida?(Coleção sexo e sexualidade).1  


Nesse trecho, em outras palavras, Lopes afirma que a sexualidade é a capacidade de sentir prazer através do corpo. Ou seja, a sexualidade humana é mais abrangente que a genitalidade. Freud foi o primeiro a falar que desde criança a pessoa é um ser dotado de sexualidade.

Nos dias atuais, uma pessoa permanecer virgem soa como uma anormalidade, como se não fosse possível viver assim e, ao mesmo tempo, ser feliz e saudável. O que é um grande equívoco. O próprio Freud identificou mecanismos de defesa do ego, mecanismos saldáveis, que possibilitam que a energia sexual seja deslocada para outras formas de expressão que não são as sexuais. Jesus Cristo-Homem, varão perfeito, demonstrou a possibilidade de viver bem a sexualidade sem, necessariamente, exercitá-la através do ato sexual.

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 1 Grifo meu

Por que é tão difícil falar sobre sexualidade


Durante muito tempo falar sobre a sexualidade humana foi considerado um tabu. Era e, muitas vezes ainda é, mais fácil fazê-lo através de piadas, anedotas, desenhos, palavrões, raramente de forma séria e responsável. Como um tema tão relevante à pessoa humana, dotado da dignidade e beleza em ter sido criado pelo próprio Deus tornou-se fonte de recato e vergonha?

Pinto (1999), desperta a atenção de que: “ ao criar o ser humano Deus o dotou de características sexuais e de sentidos que garantem uma troca prazerosa entre macho e fêmea”. 

Após criar o homem e a mulher, Deus os abençoou e ordenou que fossem férteis e se multiplicassem. E disse que o que tinha feito havia ficado muito bom. (Gn 1.31-NVI). A própria nudez, transparência em que viviam homem e mulher, não os envergonhava. Sobre isso Wanda de Assumpção escreve:


                                                Era uma nudez física, simbolizando a transparência plena que havia entre os dois. A comunhão entre eles era total. Não escondiam nada do outro. Eles podiam revelar-se, dar-se um ao outro sem constrangimento, sem qualquer restrição. As diferenças que havia entre eles eram motivo de encanto, não de timidez ou repulsa. Um par perfeito com Deus e entre si. (1998, p.31)


A queda trouxe a vergonha e a culpa, homem e mulher perderam a pureza, a inocência. Assumpção, completa:


“Seu espírito morreu, isto é, eles foram separados Deus Santo, Santo, Santo, que não pode tolerar o pecado. E pela primeira vez, sentiram vergonha de serem como eram, pressentindo que na área de sua sexualidade é que estavam mais vulneráveis a serem magoados pelo outro.”(1998, p.38)


O pecado trouxe a dor da separação da Deus, resultando em dificuldades no relacionamento consigo mesmo e com o outro, facilitando a deturpação e a falta de habilidade em lidar com a sexualidade própria e do outro. Pouco a pouco se constituiu, então, um tabu falar sobre a sexualidade, sobre o ato sexual, sobre os corpos: feminino e masculino. E aquilo que não é dito produz fantasias e mal entendidos, possibilitando desencontros e desilusões, violências intra e interpessoal.

Após séculos de repreensão em torno do assunto, nas últimas décadas do século XIX, rompeu-se o silêncio, num movimento de permissão e de encorajamento e se falar, discutir, experimentar e vivenciar a sexualidade, provocando uma verdadeira catarse. O que antes era proibido agora é expresso por meio das palavras, da arte e de atos, resultando numa verdadeira overdose de expressão e de informação. Assim, o pensamento contemporâneo ocidental parece sugerir, equivocadamente, que a sexualidade deve ser vivida como um fim em si mesmo. A crença divulgada, erroneamente, pela mídia e incentivada pelo mercado de consumo do sexo, é que exercer a sexualidade saudável é satisfazer os desejos sexuais. Alia-se a felicidade ao prazer sexual. Valoriza-se o belo representado hoje pelo sensual, em detrimento do feio, ou o que não desperta o desejo.
A igreja evangélica vem seguindo a distância os parâmetros socioculturais, alcançando aos poucos os avanços da atualidade. Enquanto pode, cala-se sobre um tema tão íntimo e pessoal. Quando pressionada, posiciona-se de forma intelectual e radical, espiritualizando a discussão, fazendo-o, muitas vezes, de forma inadequada. De forma contraditória, infelizmente, vai abrindo suas portas e conformando-se, a passos lentos, a cultura local e sociedade atual.


Lidando com a própria identidade sexual

Expectativas, sonhos, medos, comportamentos estimulados ou não, revelam o que uma sociedade espera de um menino ou de uma menina. Dessa maneira inicia-se a formação da identidade sexual, que começa a ser construída no momento da concepção. A partir da identificação do sexo, o bebê será tratado de modo diferenciado, conforme as expectativas e normas sociais vigentes. Ao longo da infância, a criança adquire e incorpora o que é ser homem e mulher naquela família, cultura ou sociedade. Essa identificação se inicia através do processo de imitação das pessoas que têm grande valor afetivo a criança, particularmente, o progenitor do mesmo sexo. Assim, muito do que é ser homem ou mulher é definido pela época e cultura em que se vive. Ressaltando que as pessoas podem representar modelos de identificação adequados ou não àquela cultura em particular. Por exemplo, um menino pode rejeitar identificar-se com uma figura masculina violenta, preferindo identificar-se com uma figura feminina vítima, distorcendo sua identificação sexual.

Infelizmente, muitas pessoas foram marcadas por experiências negativas, nessa fase de construção de identidade sexual, resultando numa confusão ou distorção desta identidade. Por isso, é muito importante compreender o projeto de Deus ao criar o homem e a mulher, visando o resgate do padrão original de masculino e feminino. Caso isso não aconteça corre-se o risco de assumir terrenos e culturais, muitos deles pecaminosos, como sendo o que Deus espera de seus filhos. O Deus criador anseia por resgatar o seu projeto inicial. Aquele que nada criou o universo e soprou vida ao homem, está pronto a recriar. Dos cacos, Ele faz uma obra de arte, um belo mosaico. O Deus artista pode valer-se de um milagre, ou usar instrumentos para cura ou restauração. Jakes (1999, p.50) afirma: “O meu Deus, porém, conserta bonecas quebradas. Ele costura com mãos hábeis os sonhos rasgados, as esperanças destruídas”.
 Somente a ação do Espírito de Deus pode restaurar a identidade sexual ou, ressignificar os papéis sexuais contaminados pela cultura, conforme os padrões do Criador expressos em sua palavra. Sendo que, muitas vezes, essa ação do Espírito se dá, pela graça de Deus, através da ajuda de um conselheiro ou psicoterapeuta. É preciso, porém, admitir os próprios limites e a necessidade de ajuda de outrem, sendo humilde e honesto consigo mesmo e com Deus. Assumir, precisar e buscar ajuda não é motivo de vergonha ou de culpa, mas de admiração e respeito.

CONCLUSÃO

Conclui-se que cada um deve sair em busca de uma sexualidade saudável, vivida de forma plena e integral, conforme o desejo daquele que criou o homem como um ser sexual. Cientes de que, a sexualidade vivida assim de forma saudável é benção para si e para aqueles que o cercam.
Algumas sugestões finais.
Deus o fez, conforme seu desejo, homem ou mulher. Que sua masculinidade ou feminilidade seja benção a cada homem e mulher que se aproxime de você. Pois cada um, independente do gênero é uma pessoa criada à imagem e semelhança do próprio Deus. Devendo, portanto, ser respeitado e amado por refletir o próprio Criador. “Não há... homem, nem mulher, pois todos são um em Cristo”. (Gl 3.28).
Aos casados. Cada qual deve estar atento ao seu cônjuge buscando satisfazê-lo numa entrega verdadeira e completa. O coração do marido convertido ao coração de sua esposa e o coração da esposa convertido ao coração do seu marido. Cada qual buscando a satisfação do outro e não a sua própria cura ferida, abre portas para o perdão, alimenta e/ou ressuscita o amor e o desejo.
Aos solteiros. Fiéis ao Senhor e ao seu chamado, entregando seu caminho a Ele, confiando a aguardando que ele aja. (Sl 37.5) Lançando, sempre, sobre ele toda ansiedade, experimentando seu cuidado. (1Pe 5.7) Lembrem-se: primeiro encontre o Senhor, depois se encontre consigo mesmo no Senhor. Deixe que Ele o ensine a amar-se, a respeitar-se. Só então você estará pronto, como uma pessoa inteira e saudável, a encontrar outra pessoa também inteira e saudável, para um relacionamento de amor, respeito, alegria e complementaridade.
Aos feridos. A todos que sofreram violências, sejam elas físicas, psicológicas ou sexuais, que adoeceram sua sexualidade e andam encurvados “Há dezoito anos” (ou seja, a tempo demais), Jesus já curou uma mulher assim. Uma filha de Abraão. Vá ao Senhor, leve-lhe sua carga, seu peso, Ele tem alívio pra você. Aprenda com Jesus  a ser manso e humilde. Experimente o seu bálsamo. (Mt 11.28-29) Ele há de ensiná-lo a alegria e a honra de ser homem, ou mulher.
Uma sugestão àqueles que ouvem: “Minha graça é suficiente pra você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”2. Respondam com fé e coragem: “A tua graça é melhor que a vida. Meus lábios te louvam e assim cumpri-me bendizer-te enquanto eu viver”.³ Pois, seja qual for a sua história: A Ele toda honra e toda glória!                         
          
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²II Co 12.9
³Sl 63.3


REFERÊNCIAS

ASSUMPÇÂO, Wanda de. Conte Comigo. São Paulo: Mundo Cristão, 1998.
BÌBLIA de Estudo NVI. Nova Versão Internacional. São Paulo: Vida, 2003.
GRZYBOWSKI, Carlos. http://www.cppc.org.br/textos/boletins/sexualidade_Pos _Bill_Clinton.htm/Arquivo Capturado Pela Internet em 20/11/2008.

JAKES, T.D. A Dama, Seu Amado e Seu Senhor. São Paulo: Mundo Cristão, 1999.

LOPES, Cida. Sexo e Sexualidade-que bicho é esse? Brasileitura.
PINTO, Ênio Brito. Orientação Sexual na Escola. São Paulo: Gente, 1999.
MALAFAIA, Pr. Silas. Pregando Poderosamente a palavra de Deus. Rio de Janeiro, 2005.


Nota:


*Teólogo, pelo Centro de Formação Ministerial: Semente de Vida, em Caxias-Ma.

A unção de Deus foi derramada - Congresso de Mulheres 2009 - São Luis MA.