domingo, 10 de julho de 2011

APOLOGIA AOS RECURSOS DIDÁTICOS

CARTILHAS HOMOFÓBICAS X MANUTENÇÃO DOS LABORATÓRIOS DE TIC’S NAS ESCOLAS PÚBLICAS MARANHENSE.
Em uma análise critica às duas realidades apresentadas com os temas a discutir, há um paradoxo de uma realidade emergencial e crítica da crise em que se encontra a educação brasileira.
O processo de inserção das tecnologias é uma realidade de políticas educacionais que é vista como algo positivo. No Maranhão, desde os anos 90, acontecem capacitações aos educadores com o apoio dos Núcleos de Tecnologias Educacionais – NTEs. para a utilização desse recuso pedagógico. Para isso foram montados nas escolas os Laboratórios de Informática, que seriam dotados de infraestrutura de informática e comunicação para sua utilização pedagógica e para auxiliar as escolas em todas as fases do processo de incorporação das novas tecnologias. O NTE é o parceiro mais próximo da escola no processo de inclusão digital, prestando orientação aos diretores, professores e alunos, quanto ao uso e aplicação das novas tecnologias, bem como no que se refere à utilização e manutenção do equipamento. Porém a realidade atualmente oferecida aos laboratórios de informáticas nas escolas da rede pública de ensino, na sua maioria vivem um caos total, em um verdadeiro estado de abandono ou sem condições de uso. Aparelhos velhos, sem manutenção, ultrapassados, que ficaram obsoletos por falta de recursos financeiros suficiente para mantê-los em condições de uso.Tais laboratórios de Informática TICs são patrimônios que traz benefícios a toda a comunidade e o NTE é um agente colaborador para orientar o uso adequado desses instrumentos para promover o desenvolvimento humano, não apenas na escola, mas em toda a comunidade, otimizando os resultados. Em consequência desse avanço tecnológico no Maranhão, em 2009 iniciou-se em faze experimental um Programa que dá suporte ao processo acadêmico no seu aspecto burocrático, que neste ano de 2011 está sendo utilizado de forma efetiva em todas as escolas das Unidades Regionais de Educação do Estado – SIAEP, um programa on line que possibilita a comunidade escolar (gestores, professores, alunos e pais de alunos) viverem em uma realidade digital de ponta, oferecendo assim um suporte a mais para uma parceria mais efetiva entre escola a família além da preparação do individuo no processo de inclusão digital.
Em contrapartida, o Ministro da Educação sem pensar nas consequências e repercussões que trariam a toda sociedade brasileira, libera recursos, para a produção e distribuição de cartilhas que fazem apologia do erro, conhecidos como kits homofóbicos, aos alunos da rede pública de ensino. Recursos que poderiam ser utilizados na valorização do profissional da educação e a melhoria das condições de uso dos recursos tecnológicos nas escolas,.
Tal kit, à diferença do que ele afirmava, seria distribuído a crianças a partir dos 11 anos. Um material totalmente nocivo, o qual citaremos alguns itens existentes na cartilha recomendação aos alunos que retirassem nas locadoras filmes como ”Brokeback Mountain”, “A Gaiola das Loucas” e “Milk” — que é especialmente violento. Em suma, o que se preparava no MEC, era um grande trabalho de molestamento de crianças, ainda que de uma forma oblíqua. Bincadeira de caça-palavras, onde se têm de decifrar 16 palavras correspondentes a definições como: “pessoa que sente desconforto com seu órgão sexual (transexual)”, “nome da ilha que deu origem à palavra lésbica (Lesbos)”, “órgão sexual que é associado ao ser homem (pênis)”. Leiam o que segue.
Jornal O Globo:
O kit de material educativo “Escola sem homofobia” que provocou polêmica entre religiosos no Congresso e levou a presidente Dilma Rousseff a vetar sua distribuição tinha como público-alvo não só alunos do ensino médio, como informava o Ministério da Educação. Seria apresentado também a alunos a partir dos 11 anos de idade que cursam o ensino fundamental do 6º ao 9º ano.
A faixa etária está registrada no caderno “Escola sem homofobia”, que orienta como o kit anti-homofobia deveria ser aplicado na sala de aula e apresentado a professores e pais. No kit,acompanham três vídeos, um DVD e guias de orientação a professores.
Esse material, destinado a professores, gestores e outros profissionais da educação, o caderno, ao qual O GLOBO teve acesso ensina dinâmicas de grupo para trabalhar com estudantes do ensino fundamental, em temas como homossexualismo, bissexualismo. “Essas dinâmicas podem ser aplicadas à comunidade escolar e, em especial, a alunas/os do ensino fundamental (6º ao 9º ano) e do ensino médio”, diz o caderno.
Além de sugerir dinâmicas para os professores trabalharem com os alunos e discutirem esse conteúdo, um dos capítulos propõe mostrar os “mitos e estereótipos” mais comuns que envolvem gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais, a partir das seguintes afirmações, que devem ser completadas pelos alunos: “Meninos que brincam de boneca e de casinha são…”; “Mulheres que dirigem caminhão são…”; “A pior coisa num gay é…”; “Garotas que partem para a briga são…”.
Não me coloco aqui como uma pessoa que não entende o livre arbítrio, mas que tem a liberdade de expressão em conformidade com a Carta Magna Brasileira e por não poder fugir dos princípios cristãos dos quais fui educada. Como educadora, não vejo nesse material, nada que venha somar ao desenvolvimento cognitivo de nosso alunado. Sou a favor de levantar e propor debate sobre qualquer assunto, principalmente à sexualidade, mas não concordo com a forma abusiva da exposição e incentivo “mascarado” a uma prática errada.
“Por pressão da própria sociedade, a distribuição do kit foi abortada por ordem da presidente Dilma”.(Jornal O Globo)
Para fechar as considerações sobre o assunto, faço menção à fala de Lilian do Valle, professora de Filosofia da Educação da Uerj, que faz um alerta: “Quanto mais baixa a idade, mais delicada a situação. É uma idade muito sensível para questões afetivas e psíquicas. Uma palavra mal colocada pode resultar num dano maior do que simplesmente não falar nada. Tem que envolver um trabalho maior, interdisciplinar. Não é simplesmente aprovar uma lei e jogar o kit. É pedir demais do professor esse tipo de responsabilidade. Não se pode esperar que a escola resolva os problemas da sociedade.”
Como uma pessoa crítica pergunto: Quantas leis e ementas possuem em nossa LDB/1996, que apesar de terem vigência nunca tiveram eficácia?  O que significa Jurisprudência (no sentido mais ético possível) para muitos de nossos legisladores? Por que os filhos de nossos parlamentares não estudam em escolas públicas? Por que será que o IDEB no Maranhão está sempre nos últimos degraus? Será por preguiça de subir a escada? Por que os alunos que conseguem maior índice de aprovação nos vestibulares não são oriundos das escolas públicas? Que venhamos refletir sobre essa prática abusiva e consumista das camadas que projetam os absurdos e a corrupção e executam as leis.
Tags: Fernando Haddad, Lei da Homofobia . Por Reinaldo Azevedo.
http://www.educacao.ma.gov.br/ExibirPagina.aspx?id=138 – Acessado em 04 de Junho de 2011.



Curso: MBA GESTÃO ESCOLAR
Disciplina: Fundamentos da Educação Contemporânea
Pólo: 21
Aluno(a):Wildete da Silva Santos
Professor(a): Kátia

Atividade Dissertativa
Tema: CONSUMISMO: Uma reflexão sobe a qualidade das mídias impressas e áudio visuais como recursos pedagógicos utilizados nas escolas públicas.
                                                                                              

1.    APRESENTAÇÃO


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O trabalho ora apresentado é uma reflexão sobe a sociedade atual, já intitulada como a “sociedade do consumo”, aonde a introdução de novos recursos pedagógicos na escola sempre vem acompanhada pela crença de alguns professores de que eles garantirão melhorias na qualidade da educação, enquanto que outros resistem a idéia de experimentar o novo e, por isso, negam a sua existência.
Diante disso, observa-se que há uma necessidade emergente de se avaliar mais detalhadamente a qualidade dos materiais didáticos que chegam à escola, onde nem sempre trazem uma contribuição significativa para a formação cognitiva de sua clientela.
A escola sempre foi vista como a única porta de acesso ao conhecimento formalmente construído pela humanidade e que, também, é o espaço para formação da sensibilidade (ética e estética) e da cidadania. Ela representa a possibilidade do educando apropriar-se do conhecimento elaborado e, ainda, de ter acesso aos novos saberes, fazendo assim o seu papel de formar cidadãos preparados para o mundo, sem disvirtualizar os princípios morais que regem a história cultural de um povo.
Os educadores devem se apropriar da ideia deque a utilização dos recursos pedagógicos devem ser comunicacionais e informáticos, mas não deve ser encarados como mais uma novidade, e sim a forma de possibilitar que toda sociedade assuma o seu papel de sujeitos críticos, criativos e construtores do conhecimento.

O gestor com a sua equipe pedagógica deve satisfações à sociedade, que cobra dos mesmos mudanças significativas de seus filhos. Para tanto o ponto crucial desse trabalho é elucidar, se nosso sistema de políticas educacionais está preocupado em “montar seu curral eleitoral” colocando nossas crianças como cobaias para multiplicar conhecimentos que ferem a ética e ajudando a continuar com as diferenças sociais, mascarando uma qualidade de ensino que na verdade trarão modificações significativas ao processo de ensino-aprendizagem ou, como expressa Kaplun (1999, p.69) parafraseando Paulo Freire: “estarão sendo empregadas nos velhos moldes da educação bancária, apenas numa versão moderna de ‘caixa automático’?”

Montar estratégias para promover uma política saudável de situações inovadoras na escola representa complexas implicações em relação à organização institucional, às crenças e possibilidades do corpo docente e aos interesses dos estudantes e de suas famílias.

Hernández et alii (2000,p.29) assinalam que uma inovação acontece quando: (a)”novas
áreas de aprendizagem são introduzidas no currículo (uso de computadores, educação para a paz, para o consumo, etc.).

Dentro dessa visão analítica e crítica, o professor é o principal ator de qualquer processo de mudança na escola. Para que haja mudanças na qualidade do ensino é necessário que ele perceba com clareza suas concepções sobre a educação, o que acha significativo para melhorar esse processo educacional com maior qualidade.


2.    OBJETIVOS GERAL



Conscientizar professores, pais e alunos sobre a importância de uma avaliação detalhada nos materiais didáticos que chegam às escolas da rede pública de ensino para uso pedagógico.

3.    OBJETIVOS ESPECÍFICOS


Promover uma palestra com representantes de órgãos responsáveis pela promoção da qualidade de vida da criança e do adolescente.
Realizar momentos de discussões sobre o tema em questão para diagnosticar o ponto de vista da comunidade escolar envolvida no processo.( gestões, pais, professores e alunos).
Fazer uma enquete para que os envolvidos avaliem a qualidade de ensino que os filhos estão recebendo na escola.
Avaliar em coletividade as condições dos recursos tecnológicos existentes nos laboratórios e se os mesmos estão atendendo as necessidades de seus filhos no processo de construção do conhecimento.
Criar um momento de interação e integração com alunos e professores através de uma rede social para que possam contribuir com suas reflexões sobre o assunto abordado, mediado pelo professor, com base em artigos, reportagens exibidos em mídias impressas e áudio visuais.
                                                                                       

4.    DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE


Como afirmamos anteriormente, a pesquisa é o meio mais eficaz para gerar questionamentos. Com isso, busca-se nesse trabalho utilizar-se de todos os meios para
facilitar o processo ensino-aprendizagem, criando novos ambientes educacionais para alunos e professores.

Para se começar a delinear a silhueta do perfil de nossa escola, o ideal será recolher informação, a organizar, criar significados, ganhando compreensão e divulgação de suas conclusões, convidando um público alargado a partilhar dessa experiência. (toda comunidade escolar), onde o gestor será o instigador e o professor em vez de transmissor de conhecimentos, tornar-se o coordenador, motivador do grupo, favorecendo a construção colaborativa e/ou cooperativa de conhecimentos novos através de encontros virtuais e presenciais.

Tal metodologia tem como foco principal, a mudança de postura do professor nesta situação, onde estimula o comprometimento do aluno com sua própria aprendizagem.

Para uma pesquisa mais abrangente, recorrer-se a ambientes virtuais de aprendizagem (redes sociais) que permitirão o encontro de professores e alunos para realizarem atividades orientadas pelo professor, que podem ser o desenvolvimento de pesquisa em grupo e debates, utilizando, para isto, ferramentas como o correio eletrônico, lista eletrônica, salas de conversações, em momentos síncronos e assíncronos, troca de mensagens e ideias com grupos, não apenas de uma sala de aula ou disciplina , mas também pode estender-se para outros participantes interessados. O gestor responsável pela escola polo do projeto culminaria com a socialização das discussões, colocando em pauta os pontos mais relevantes que foram tratados durante o projeto. Esta é uma das possibilidades inovadoras nas novas relações de aprendizagem, que possibilita a criação de ambientes ricos, motivadores interativos, colaborativos, cooperativos e de comunicação.

A metodologia da pesquisa utilizada é bibliográfica e qualitativa, com uma abordagem etnográfica onde descrevemos, a partir dos relatos dos envolvidos, as amostras coletadas por todos os segmentos da escola.



5.     REFERÊNCIAS


HERNÁNDEZ, Fernando et alii. Aprendendo com as inovações nas escolas. Porto Alegre: Artmed Editora, 2000.

KLAPÚN, Mário. Processos educativos e canais de comunicação. Comunicação e Educação, São Paulo, n.14, p.68-75, jan/abr.1999.

SANTOS, Mariângela da Silva. Fundamentos da Educação Contemporânea. São Paulo: Grupo Ibmec Educacional, 2010. 98p.:
 Fernando Haddad, Lei da Homofobia . Por Reinaldo Azevedo.
http://www.educacao.ma.gov.br/ExibirPagina.aspx?id=138 – Acessado em 04 de Junho de 2011.





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