segunda-feira, 25 de julho de 2011

LIMITES AOS FILHOS

Igreja Batista da Paz
Rede da Família.
14.04.2011.
LIMITES

Somos as primeiras gerações de pais decididos a não repetir com os filhos, os erros de nossos progenitores e com o esforço de abolirmos os abusos do passado...
Somos os pais mais dedicados e compreensivos, mas, por outro lado...
Os mais bobos e inseguros que já houve na história.
O grave é que estamos lidando com crianças mais “espertas” do que nós, ousadas, e mais “poderosas” do que nunca!
Parece que, em nossa tentativa de sermos os pais que queríamos ser, passamos de um extremo ao outro.
Assim, somos a última geração de filhos que obedeceram a seus pais...
E a primeira geração de pais que obedecem a seus filhos.
Os últimos que tivemos medo dos pais e os primeiros que tememos os filhos.
Os últimos que cresceram sob o mando dos pais...
E os primeiros que vivem sob o jugo dos filhos.
E, o que é pior, os últimos que respeitamos nossos pais...
(às vezes sem escolhas)...
E os primeiros que aceitamos que nossos filhos nos faltem com o respeitem.
À medida que o permissível substitui o autoritarismo, os termos das relações familiares mudaram de forma radical...
Para o bem e para o mal...
Com efeito, antes se considerava um bom pai, aqueles cujos filhos se comportavam bem, obedeciam as suas ordens, e os tratavam com o devido respeito.
E bons filhos, as crianças que eram formais e veneravam seus pais, mas à medida que as fronteiras hierárquicas entre nós e nossos filhos foram se desvanecendo...
Hoje os bons pais são aqueles que os seus filhos os amem, ainda que poucos os respeitem.
E são os filhos, que agora esperam o respeito de seus pais, pretendendo de tal maneira que respeitem suas idéias, seus gostos, suas preferências e sua forma de agir e de viver.
E que, além disso, que os patrocine sempre que necessitarem para tal fim.
Quer dizer: os papéis se inverteram.
Agora são os pais que têm que agradar seus filhos para “ganhá-los” e não o inverso como no passado.
Isto explica o esforço que fazem tantos pais e mães para serem os melhores amigos e “darem tudo” a seus filhos.
Dizem que os extremos se atraem...
Se o autoritarismo do passado encheu os filhos de medo de seus pais...
A debilidade do presente os preenche de medo e menosprezo
Ao nos verem tão débeis e perdidos como eles...
Os filhos precisam perceber durante a infância, que estamos a frente de suas vidas, como líderes capazes de sujeitá-los quando não os podemos conter e guiá-los, enquanto não sabem para onde vão...
É assim que evitaremos que as novas gerações se afoguem no descontrole e tédio no qual está afundando uma sociedade que parece ir à deriva, sem parâmetro nem destino.
Se o autoritarismo suplanta, o permissível sufoca.
Apenas uma atitude firme, respeitosa, lhes permitirá confiar em nossa idoneidade para governar suas vidas enquanto forem menores, porque vamos à frente liderando-os...
E não atrás, carregando-os e rendidos às suas vontades.
Os limites abrigam o indivíduo.
Com amor ilimitado e profundo respeito.

Texto compilado.

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